sábado, 25 de setembro de 2010

Poema Eu de Luciano

Eu queria escrever um soneto
um verso, sei lá o quê
Mas as métricas do meu pensamento
esbarão na timidez das mãos
Queria falar de mim, por que não?
Da solidão, dos livros que li.
Embora novo, tenho muito a contar, e faço história em meu olhar.
Por que fito o mundo no  infinito
Não só o mundo, redondo e fisico
Mas o universo que cada um tem a mostrar
Por que só falar ou escrever dos outros
Sem ser nós mesmos
individuo e único não a viver
Queria Pisar na terra e ter o prazer de  ela ser minha
Conquistei cada pedaço de chão que sonhei e mais ainda
Não plantei
Mas semeei o trabalho de outros
daqueles a quem eu entreguei nas mãos
e colhi junto as sementes e dividi o pão
Para que espalhar a glória, vitória,  luxúria?
Para que contar vantagens em cima de ilusão?
Respiro e vivo
Mais que tudo
Sonho que é possivel ser feliz como irmãos
E não é por que religião me rege
e nem seitas precedem as palavras que saem do coração
Dissipo o mal com atos
espalho amor com fatos
e não quero ser o tal
cada um tem sua verdade
Mas não absoluta em si
E não é presunção que tento expor meu EU
Porque quando falo
digo o que sinto
e se poupo a voz e me calo
é por que por dentro eu grito os erros da hipocrisia
Queria sim poder falar de você
Mas que você é essa que procuro no olhar?
Num brilho de uma mulher
 que me fita, me suga do nada e me excita sem palavras ou sedução
Busco um olhar que me pegue e contagie
Por que o amor que tenho por você é doente e não existe anticorpos para tal
AFINAL
Sou gente e carente de muito querer
De muitas mulheres suguei o prazer
E tão efêmero foi o desejo que pode ter me completado
apenas como homem Mas como ser infinito
eterno e ainda mudo
Busco você
Como creio que a vida não é única
e meu corpo conduzo e minha mente me domina
Não posso passar além da vida úterina
Sem reciclar o amor nesta terra
Então lapida este olhar
E expõe sua alma para amar
Por que essa é minha essência:
VOCÊ

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